“Apenas mudanças imediatas e compromissos de curto prazo, no quadro de objetivos claros e ambiciosos para o horizonte 2030, nos permitirão enfrentar o desafio climático”, escrevem os cientistas numa carta publicada hoje no jornal Libération.
No dia em que se realiza uma “Marcha pelo Clima” em várias cidades do mundo, estes cientistas lembram que estão em curso as mudanças climáticas habitualmente remetidas para o futuro e que os problemas continuam a acumular-se.
“Os discursos são insuficientes, como demonstram os recentes números de emissões de gás de efeito de estufa (…). É tão crucial como urgente sair do estado de encantamento e substituir, em concreto, estes discursos em escolhas políticas fortes e claras, ao serviço de uma transformação social profunda”, defendem estes 700 investigadores e professores de ecologia, de física e também de economia.
“Esta transformação (…) não é uma utopia. Assenta muito em soluções já disponíveis, acrescentam, reclamando para a luta contra as alterações climáticas “um objetivo político de primeiro nível”.
Este artigo surge alguns dias após a demissão do popular ministro da Ecologia francês, Nicolas Hulot.
Mais de 40 organizações portuguesas juntam-se hoje a milhares de pessoas que vão sair às ruas de várias cidades de todo o mundo para participar na Marcha Mundial do Clima, de acordo com a associação ambientalista Zero.
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