Os líderes do movimento têm defendido uma ação pacífica, desde o recente recurso ao lançamento de gás lacrimogéneo e canhões de água pelas forças de segurança tailandesas, noticia a agência France-Presse (AFP).

Assim, o pato amarelo insuflável simboliza os militares que os manifestantes acreditam que dominam a vida política na Tailândia.

A demonstração de hoje, a mais recente de uma série de mobilizações quase diárias em Banguecoque, a capital do país, teve como alvo o 11.º Regimento de Infantaria da Guarda Real.

Aquela unidade, juntamente com o 1.º Regimento de Infantaria, foi colocada sob o controle direto do Rei Maha Vajiralongkorn no ano passado, uma ação vista pelos manifestantes como uma forma de o monarca afirmar ainda mais a sua autoridade.

“Aqueles dois regimentos estiveram envolvidos na repressão à população no passado”, explicou à AFP um dos principais líderes do movimento, Parit ‘Penguin’ Chiwarak.

“Eles também desempenharam um papel central nos golpes de Estado”, acrescentou.

As entradas e paredes do quartel foram cobertas com arame farpado e elementos das forças policiais, com equipamento de proteção contra motins, montaram guarda do lado de fora do edifício.

“O Exército deve servir os contribuintes, não a monarquia”, disse Farng, um estudante de 30 anos, citado pela AFP, sublinhando que “o papel deles é proteger as pessoas”.

Os militares há muito se posicionam como defensores da família real tailandesa, cujos ativos são estimados em cerca de 25 a 50 mil milhões de euros (cerca de 30 a 60 mil milhões de dólares).

Em nome da proteção do rei, o Exército organizou mais de uma dúzia de golpes de Estado desde o fim da monarquia absoluta em 1932, o mais recente em 2014.

Os manifestantes exigem a renúncia do primeiro-ministro, o general Prayut Chan-O-Cha, a elaboração de uma nova Constituição, já que consideram a atual muito favorável ao exército, bem como uma reforma da realeza.