À entrada para a ‘cimeira do euro’, que reúne hoje os 19 Estados-membros da zona euro em Bruxelas, o ministro das Finanças português disse esperar que “os líderes europeus possam corroborar e acentuar o mandato que o Eurogrupo tem” no aprofundamento da União Económica e Monetária para que este seja “completado o mais cedo possível”.
“Estou hoje aqui para fazer uma apresentação aos chefes de Estado e de Governo daquilo que tem sido o trabalho do Eurogrupo em vários aspetos do aprofundamento da União Económica e Monetária. As discussões estão a decorrer no Eurogrupo, nós temos abordado diferentes temáticas desde completar a União Bancária até ao reforço do papel do mecanismo de estabilidade europeu […] e a dimensão orçamental da zona euro e da UE”, elencou Centeno, que participa no encontro na qualidade de presidente do fórum de ministros das Finanças da zona euro.
O líder do Eurogrupo revelou que as discussões têm decorrido normalmente, apesar de os debates serem sempre “muito profundos quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista político”.
Centeno escusou-se a apontar quais são os pontos mais sensíveis do debate entre os 19 Estados-membros, vincando que “as matérias enquanto não estiverem fechadas são consideradas todas igualmente importantes e igualmente difíceis”.
“Não estamos particularmente preocupados com nenhuma matéria, estamos preocupados com a coerência sistémica de todas as decisões que vamos tomar e do potencial benefício que elas possam ter para a Europa”, reforçou.
O ministro lembrou que as decisões sobre o aprofundamento da União Económica e Monetária estão agendadas para junho e que até lá o Eurogrupo tem “muito trabalho” a fazer.
“Naquilo que tem sido o trabalho do Eurogrupo ele tem evoluído de forma bastante construtiva, sempre numa dimensão muito alargada de opiniões que existem na UE e na área do euro sobre estas matérias, mas sem preocupação de maior”, acrescentou.
Centeno afirmou ainda que o objetivo do Eurogrupo é muito claro: “Que a instituição Euro saia deste processo de reforma reforçada, na sua capacidade de gestão de crises, nas suas dimensões de estabilização macroeconómica, na sua capacidade de trazer as poupanças que são geradas na Europa para investimento na Europa que, como todos sabemos, é a melhor forma de gerar rendimento”.
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