O nível da água, “abaixo do limite crítico de 12,7 metros”, já não é suficiente para abastecer “as bacias da central nuclear de Zaporijía” para as operações de arrefecimento, explicou responsável da operadora ucraniana Ukrhydroenergo Igor Syrota.
A destruição da barragem desencadeou uma queda abrupta de torrentes de água no caudal do rio Dnipro, obrigando vários milhares de pessoas a abandonar as zonas inundadas e fazendo temer uma catástrofe ecológica.
A central está em risco?
Não há dados concretos sobre isto. A verdade é que a central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, utiliza estas águas para arrefecimento, o que tem provocado receios de um acidente de sobreaquecimento nas suas instalações.
O diretor-geral da AIEA enviou, na quarta-feira, uma mensagem de tranquilidade. "A ausência de água de arrefecimento nos sistemas de água essenciais durante um longo período de tempo provocaria a fusão do combustível e a inoperacionalidade dos geradores diesel de emergência. No entanto, a nossa avaliação atual é que não há risco imediato para a segurança da central", disse na altura Rafael Grossi, salientando também que caso o nível de água descesse abaixo dos 12,7 metros não seria "possível fazer o bombeamento".
Existe uma solução imediata?
Aparentemente, sim. A central possuiu um grande tanque próximo das instalações que é mantido acima da altura do reservatório.
"Como os reatores estão parados há muitos meses, estima-se que seria suficiente para fornecer água por alguns meses. É vital que este tanque permaneça intacto. Nada deve ser feito que possa comprometer a sua integridade", disse Grossi.
O diretor-geral da AIEA tem uma visita programada a Zaporíjia na próxima semana, para rever esta situação.
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