O alargamento do horário das unidades, que funcionavam antes até às 20:00 nos dias úteis e até às 14:00 nos fins de semana e feriados, vai vigorar até 31 de março, disse hoje à agência Lusa o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo.

A medida, acrescentou a ARS, em comunicado, foi decidida pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central para “antecipar as consequências de um provável aumento da afluência de doentes por síndrome gripal, nas próximas semanas”, e ao abrigo do Plano de Contingência.

“Ainda não temos gripe, só pessoas com problemas respiratórios, com expetoração, tosse e febre ligeira”, mas, “na próxima semana, é suposto que as coisas comecem a ganhar outra dimensão”, admitiu à Lusa José Robalo.

Por isso, continuou, “antes que apareça esse problema” é necessário “preparar os serviços para uma resposta mais adequada” aos utentes.

“O objetivo é também ver se conseguimos que as pessoas se dirijam primeiro aos centros de Saúde”, com o objetivo de “aliviar a pressão esperada nas Urgências do Hospital do Espírito Santo de Évora”, frisou.

Em relação às outras 12 unidades que integram o ACES do Alentejo Central, nos outros 12 concelhos do distrito de Évora, a diretora executiva, Laurência Gemito, esclareceu à Lusa que “ou estão abertas durante 24 horas ou já têm normalmente um horário alargado ou ficam perto de centros de Saúde maiores”.

“Por agora, alargámos o horário destes dois centros de Saúde, em Évora e nas proximidades de Évora, para aliviar o serviço de Urgência do hospital. Vamos monitorizar a situação e, caso seja necessário, poderemos vir a adotar mais medidas”, disse Laurência Gemito.

Questionada pela Lusa sobre a situação nos centros de Saúde da região Alentejo, fonte da ARS adiantou que, no distrito de Beja, as unidades “já têm horários alargados, através das consultas de recurso, à exceção de Barrancos e Alvito onde, de momento, não se justifica o alargamento”.

No litoral alentejano, continuou, “mantêm-se os horários, que serão alargados caso haja necessidade”, o mesmo acontecendo no distrito de Portalegre.

“Em ambos os casos, as Unidades Locais de Saúde estão a monitorizar diariamente a situação” para, “se for caso disso, proceder ao alargamento dos horários”, assinalou.

No passado domingo, último dia de 2017, o presidente da ARS Alentejo afiançou que as urgências dos hospitais da região não tinham registado, até à data, “um aumento muito significativo” da procura, nem dos casos de gripe, embora começassem a aparecer doentes com problemas respiratórios.

“Ainda não verificamos um número significativo de casos de síndrome gripal, nem um aumento muito significativo” da procura das urgências hospitalares, disse à Lusa, nesse dia, José Robalo, admitindo a subida dos casos de gripe no Alentejo, nas primeiras semanas de janeiro.

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