“Até hoje, estimamos que cerca de 1.500 israelitas regressaram da Ucrânia”, revelou à agência EFE fonte diplomática.

De resto, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Lapid, voltou hoje a reforçar o apelo para que os israelitas abandonem a Ucrânia.

Yair Lapid referiu que Israel está a assegurar que “todos os judeus que pretendam regressar a casa recebam a ajuda que precisam”, explicando que “se a situação se deteriorar”, Israel “agirá rapidamente”.

Já a ministra israelita dos Transportes, Merav Michaeli, especificou que o seu ministério também está a coordenar com a Autoridade de Aviação Civil e as companhias aéreas israelitas para agir “da forma mais eficiente e rápida possível”.

Segundo a comunicação social local, as companhias aéreas israelitas registaram um aumento de procura por cidadãos a solicitarem a saída da Ucrânia.

Este dado divulgado hoje significa um aumento dos pedidos, pois o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha assegurado no domingo que os voos estavam a chegar a Israel com poucos passageiros.

Estima-se que existam mais de 10.000 israelitas a residir na Ucrânia, que também abriga uma significativa comunidade judaica indígena.

Perante a crise na Ucrânia, Yair Lapid sublinhou também hoje que “há um esforço diplomático global para evitar uma guerra”, e que “Israel fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar”.

No entanto, alertou que se houver um conflito “será muito mais difícil encontrar voos” para sair do país.

Numa altura em que se intensificam os receios de um conflito armado, sobretudo à luz do alerta dos Estados Unidos (EUA) de que um ataque russo pode acontecer “a qualquer momento”, o Governo russo disse hoje que há ainda uma “oportunidade” de resolver a crise na Ucrânia através de canais diplomáticos, numa altura em que os países ocidentais temem que as tensões possam escalar para um conflito armado.

As oportunidades de diálogo “não estão esgotadas, (mas) não devem durar indefinidamente”, disse o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, acrescentando que Moscovo está “pronto para ouvir contrapropostas sérias”.

O chefe da diplomacia russa referiu que os EUA se mostraram disponíveis para um diálogo sobre limites para instalação de mísseis na Europa, restrições a exercícios militares e outras medidas de confiança.