O Estado-Maior do Exército ucraniano indicou, numa mensagem no Facebook, que, até agora, “cerca de 31.900 soldados” morreram e acrescentou que 1.409 tanques de batalha, 712 sistemas de artilharia e 222 lançadores de foguetes múltiplos autopropulsados e blindados também foram destruídos.

Da mesma forma, afirmou que 212 aviões, 178 helicópteros, 97 sistemas de defesa antiaérea, 2.438 veículos e tanques de combustível, treze barcos e 572 drones também foram destruídos, enquanto 125 mísseis de cruzeiro foram abatidos.

“O inimigo russo sofreu as maiores perdas durante o último dia nas direções Kharkiv e Bakhmut”, refere o Estado-Maior na sua mensagem, antes de acrescentar que “os dados estão a ser atualizados”.

“Atingido o ocupante. Vamos vencer juntos. A nossa força está na verdade”, pode ler-se na mensagem.

Por outro lado, o Estado-Maior detalhou no seu balanço diário que as forças russas “continuam a tentar sem sucesso obter o controlo total da cidade de Severodonetsk, onde os combates continuam”.

A cidade, localizada na província de Lugansk (leste), é um dos epicentros dos combates dos últimos dias.

É ainda destacado que “o inimigo mantém as suas ações defensivas em direção a Kharkov, onde seus principais esforços se concentram em manter as fronteiras ocupadas”.

“Para impedir o avanço das nossas tropas, o agressor realizou ataques de artilharia contra posições ucranianas”, acrescentou.

“Na direção de Donetsk, o inimigo continua a disparar contra as nossas unidades em toda a linha de contacto, lançando mísseis e bombardeiros, também contra áreas povoadas”, refere a mensagem, denunciando que “os ocupantes” estão a usar aeronaves militares em Bakhmut para reforçar seus ataques.

Por fim, indicam que “o inimigo tentou realizar tarefas de reconhecimento lutando em direção a Nahirne e Berestove, embora tenha sido repelido” e acrescentou que, por outro lado, as tropas russas “estão a avançar em direção a Vozdvizhenka-Roty, com sucesso parcial”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.