Os dois veleiros, vindos da Bretanha, França, com ativistas de várias nacionalidades a bordo, partiram cerca das 15:15 da Doca de Alcântara, tendo chegado perto das 16:00 ao Terreiro do Paço, junto ao Cais das Colunas, onde se juntaram mais alguns manifestantes de várias associações.
Em terra, no Terreiro do Paço, os manifestantes tocaram tambores, gritando “Aeroporto não!”, e envergaram cartazes e faixas onde se lia “Montijo com aeroporto, Tejo Morto” ou “low Cost hoje, high cost amanhã” ou ainda “crise climática está à vista, atitude ativista”.
A manifestação chamou a atenção dos transeuntes, a maioria turistas, que filmavam e tiravam fotografias ao mesmo tempo que tentavam perceber as razões do protesto, nomeadamente através dos panfletos que iam sendo distribuídos.
A ação tinha como objetivo mostrar que “não há consenso nacional” sobre a construção do novo aeroporto, ao contrário do que afirma o primeiro-ministro, António Costa, disse agência à Lusa Francisco Pedro, do Grupo de Ação e Intervenção Ambiental (GAIA).
“Quando temos um primeiro-ministro que fala em nosso nome a dizer que há um consenso nacional sobre o novo aeroporto e um ministro do Ambiente que diz que não é preciso um estudo de impacto ambiental, temos o mundo ao contrário”, defendeu Francisco Pedro.
“Precisamos de proteger o estuário [do Tejo] que está cá antes da cidade, precisamos de proteger as duzentas espécies de aves que utilizam este espaço na sua migração mundial, a qualidade de vida das pessoas do Montijo, o direito à habitação na cidade de Lisboa que está destruído com mais de um milhão de turistas”, afirmou ainda o ativista da GAIA.
O protesto contou com várias associações ambientes, entre elas, a Climáximo, a Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não ou a Rede para o Decrescimento.
Num dos panfletos distribuídos, as associações afirmam que “não há meio de transporte tão poluente como avião”, sublinhando que “Portela e Montijo a funcionar permite duplicar a média de movimentos aéreos por hora, de 38 para 72″.
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