A partir de hoje, nos levantamentos de dinheiro ao balcão, e com caderneta (que deixou, em 14 de setembro, de constituir meio de movimentação de conta), o custo passa a ser de três euros, quando anteriormente era de 2,75 euros, e a atualização de caderneta ao balcão duplica, passando de um para dois euros.
De acordo com um documento enviado por fonte oficial do banco público à Lusa em outubro de 2019, os aumentos dão-se “com o objetivo de incentivar a substituição da caderneta por outros meios de pagamentos”.
No entanto, e “numa política de proteção dos mais desfavorecidos, a Caixa isenta da comissão de levantamento ao balcão os clientes com mais de 65 anos, com rendimentos e património financeiro mais reduzidos”, esclarece o banco.
As contas de serviços mínimos bancários serão também comissionadas em 34 cêntimos mensais, mas isentam quem ganhe o salário mínimo nacional.
“A Caixa vai isentar de qualquer pagamento na conta de serviços mínimos a todos os clientes que tenham uma remuneração igual ou inferior ao salário mínimo nacional. Para os restantes clientes desta conta, o custo será de 34 cêntimos de euro, ou seja, cerca de um cêntimo por dia”, pode ler-se também no mesmo documento.
Relativamente a transferências, o banco público decidiu “aumentar o número de transferências incluídas gratuitamente na Conta Caixa S, duplicando o número de duas para quatro”.
“Na Conta Caixa M foi também aumentado o número de transferências, sem alterar o valor. A conta Caixa L, ficou inalterada”, segundo o banco.
No entanto, a conta S subiu os custos de manutenção, que passa de 2,80 euros para 3,20, acrescentando-se-lhe o imposto do selo (4%), no caso da existência de critérios de bonificação (domiciliação de rendimento ou de património financeiro ou mais autorizações de débito), mas no caso de ausência de bonificação, o valor passa de quatro para 4,95 euros.
As transferências na aplicação MB Way vão também ser taxadas, com o seu custo a ascender a 85 cêntimos, aos quais acresce 4% de imposto de selo (o valor final fica em 88,4 cêntimos).
Contactada pela Lusa, fonte oficial do banco salientou, no entanto, que há “2,5 milhões de clientes que vão continuar isentos”, que correspondem aos que têm Conta Caixa, aos jovens até aos 26 anos e aos que utilizam MB Way a partir das aplicações da CGD (Caixadirecta, DABOX e Caixa Easy).
A receita com comissões subiu 2,0% entre os primeiros três trimestres de 2018 e igual período de 2019, passando de 366 milhões de euros para os 374 milhões de euros, segundo os resultados apresentados em 8 de novembro do ano passado.
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