A secretária-geral da intersindical falava na intervenção inaugural do XV congresso que decorre na Torre da Marinha, Seixal, distrito de Setúbal, até sábado, que será marcado pela saída de Isabel Camarinha da liderança da central, devido ao limite de idade.
Segundo disse a sindicalista, desde o último congresso, realizado há quatro anos, “mais de 110 mil trabalhadores se filiaram” na CGTP, o que é “fruto da ação e intervenção” dos sindicatos nos locais de trabalho, nomeadamente naqueles em que os sindicalistas passaram a poder exercer plenamente a atividade sindical.
“Vamos ao combate com a nossa organização reforçada, com a responsabilização de quadros nas diferentes áreas da nossa intervenção, com o aprofundamento da ação sindical integrada na ligação aos locais de trabalho e aos trabalhadores”, salientou Isabel Camarinha.
A líder sindical afirmou que “o desafio que está colocado aos trabalhadores e aos sindicatos de classe é a ação para romper com este caminho de décadas de política de direita, com os resultados nefastos já conhecidos e engrossar o caudal social de exigência de um novo rumo para o país, com mais salários e a efetivação dos direitos sociais, laborais e económicos”.
“Uma luta que temos de intensificar e levar ao voto nas eleições de 10 de março, esclarecendo e mobilizando os trabalhadores para o que está (e não está) em jogo”, disse perante os mais de 720 delegados ao congresso e centenas de convidados sindicais, institucionais e internacionais.
Camarinha referiu que serão eleitos nas legislativas “230 deputados e não o primeiro-ministro”.
“Vamos decidir entre projetos que têm nos valores de abril e na sua projeção nos direitos de quem trabalha e trabalhou um elemento central, e projetos que visam perpetuar este tempo sem futuro, que visam aumentar o poder do grande capital e criar melhores condições para intensificar a exploração”, disse a sindicalista.
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