Para a intersindical, a atual crise política na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, e da convocação de eleições antecipadas para 10 de março pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, possibilitando a aprovação este mês do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), aumenta a necessidade de os trabalhadores intensificarem a luta.
“O nosso apelo é que se reforce a participação, porque neste quadro de convocação de eleições em nome de um Orçamento do Estado que não responde aos problemas dos trabalhadores nem do país e, independentemente da situação que mais à frente se venha a encontrar, os trabalhadores precisam de resposta é agora”, disse a dirigente da CGTP Ana Pires à Lusa.
Segundo Ana Pires, tanto na manifestação do Porto como na de Lisboa são esperados “milhares de trabalhadores pelo aumento dos salários e das pensões, contra o aumento do custo de vida”.
A manifestação nacional realiza-se sob o lema “Pelo Aumento dos Salários / Contra o Aumento do Custo de Vida” e tem como objetivo mobilizar “os trabalhadores e as famílias, os reformados e pensionistas, os jovens e outras camadas da população, para saírem à rua pelos aumentos dos salários e pensões, o direito à habitação, o direito à saúde e o SNS, a defesa e fortalecimento dos serviços públicos, na exigência de um outro rumo para país”, segundo um comunicado da CGTP.
No Porto, o início da manifestação está marcado para as 11:00, da Praça da República para a Praça dos Leões, onde intervirá Tiago Oliveira, membro da Comissão Executiva da CGTP e coordenador da União dos Sindicatos do Porto.
Em Lisboa, a manifestação arranca às 15:00, do Príncipe Real para o Cais do Sodré, e contará com a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
A CGTP reivindica aumentos salariais gerais de pelo menos 15% com um mínimo de 150 euros para cada trabalhador.
A manifestação nacional da CGTP que hoje se realiza foi anunciada em 10 de outubro, no mesmo dia em que o Governo entregou no parlamento a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), já aprovada na generalidade e cujo processo decorre agora na especialidade, estando a votação final global agendada para dia 29 de novembro.
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