“Para celebrar Abril, a poesia sai de novo à rua e uma viatura ‘Chaimite’ vai circular pela cidade de Coimbra”, disse hoje à agência Lusa Valdemar Ferreira Rosas, um dos promotores da ação, enquanto presidente da direção do Grupo de Arqueologia e Arte do Centro (GAAC).
Com “grande antecedência”, o GAAC planeou “uma iniciativa forte para evocar o cinquentenário do 25 de Abril, dando-lhe uma componente histórica e artística”, afirmou, indicando que o coordenador do programa é o médico João Paulo Almeida e Sousa, sócio da Associação 25 de Abril, que cede a ‘Chaimite’ para o efeito.
“O fim da guerra colonial, a abolição da censura, a liberdade de expressão, o sindicalismo livre, a universalização da educação básica e do acesso aos cuidados de saúde, a liberdade religiosa, o princípio constitucional da igualdade de direitos entre homens e mulheres ou o pluralismo político constituem inequívocos avanços sociais que é necessário preservar”, salientou a associação cultural.
Num comunicado enviado à agência Lusa, recordou que, em 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) “derrubou a ditadura que oprimia Portugal e restabeleceu o sistema político democrático”, pondo fim a 48 anos de autoritarismo e fascismo, o que permitiu redigir e aprovar a Constituição de 1976, atualmente em vigor após várias revisões.
No sábado, entre as 10:00 e as 17:30, a ‘Chaimite’ do MFA, estacionada no Quartel de Santana, percorre territórios da freguesia de Santo António dos Olivais e União das Freguesias de Coimbra, na margem direita do rio Mondego, além da União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas e da vizinha São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, estas na margem esquerda.
Ao longo do dia, em cada paragem, “haverá uma leitura de poemas alusivos à efeméride ou à luta pela liberdade”, de autores portugueses e de outros países lusófonos, com a participação da Cooperativa Bonifrates.
No domingo, de manhã, o programa principal é complementado com mais duas outras paragens da ‘Chaimite’, no Centro Educativo dos Olivais e na praça 8 de Maio, junto à Igreja de Santa Cruz, onde está sepultado D. Afonso Henriques, o rei fundador da nacionalidade.
Apoiam também a iniciativa a Câmara Municipal de Coimbra e as juntas das referidas freguesias.
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