Num dia sem precedentes, a chamada à oração islâmica foi transmitida na rádio e televisão públicas, enquanto milhares de pessoas, incluindo a primeira-ministra, Jacinda Ardern, se reuniram em frente à mesquita Al Noor, onde morreram 42 das 50 vítimas.
"A Nova Zelândia chora com vocês. Somos um", declarou Ardern, um dia depois de ter anunciado a proibição da venda de armas de assalto e semiautomáticas, como as que foram usadas no ataque da passada sexta-feira.
A chamada à oração, feita às 13:30 (00:30 em Lisboa), foi seguida por dois minutos de silêncio.
O imã da mesquita de Al Noor, Gamal Fouda, agradeceu aos neozelandeses todo o apoio: "Este terrorista procurou destruir a nossa nação com uma ideologia maligna (...) Mas, em vez disso, nós mostramos que a Nova Zelândia é inquebrável".
"Estamos com o coração partido, mas não estamos destruídos. Estamos vivos. Estamos juntos. Estamos determinados a não deixar ninguém dividir-nos", disse o líder religioso, sob os aplausos da multidão, que as autoridades locais estimaram em 20 mil pessoas.
Mais tarde, o funeral de 26 pessoas, incluindo o de Mucaad Ibrabim, de 3 anos, decorreu no mesmo cemitério onde foram já enterradas mais de 12 vítimas dos ataques.
O imã Fahim Imam, nativo de Christchurch, de 33 anos, voltou à cidade para a homenagem. "É simplesmente incrível ver como o país e a comunidade se uniram", disse.
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