"Chamar o FBI para falar dessas convocações e reuniões? Que ridículo! Nunca mais ninguém voltaria a confiar em mim", escreveu Trump na sua conta do Twitter.

"As minhas declrações completas raramente aparecem nos meios de comunicação de Notícias Falsas. Deliberadamente, deixam de fora as partes importantes", ressaltou.

Os tuítes de Trump referem-se às críticas recebidas depois da transmissão de uma entrevista na rede ABC na quarta-feira à noite, em que Trump disse que voltaria a aceitar informação sensível sobre um oponente oferecida por um país como a Rússia.

"Acho que gostava de ouvir... Não há nada de mal em ouvir", respondeu Trump ao ser questionado sobre o que faria se recebesse uma oferta dessa natureza por parte da Rússia, ou da China.

As declarações reavivaram a controvérsia sobre uma reunião na Trump Tower em junho de 2016, na qual estiveram presentes o assessor da Casa Branca e genro de Trump Jared Kushner, o então chefe de campanha de Trump, Paul Manafort, e uma advogada russa que ofereceu informação "suja" sobre a candidata democrata Hillary Clinton.

No Twitter, Trump argumentou que conversa com governos estrangeiros "todos os dias" e que fala com eles sobre "todos" os temas, desviando a atenção da essência das críticas, que apontam a ligações com países que são considerados rivais perigosos dos Estados Unidos.

As declarações de Trump na entrevista da ABC geraram fortes reações em Washington.

"Fiz 150 campanhas e nunca aceitei informação comprometedora de NENHUM governo estrangeiro, muito menos um governo adversário", escreveu na sua conta do Twitter David Axelrod, que foi diretor de campanha de Barack Obama.

"Não façamos de conta que uma coisa assim é normal. Ou legal. Ou aceitável", frisou.