Aviv Kochavi referiu que as capacidades militares e de inteligência de Israel tornaram possível atingir alvos específicos que representam uma ameaça.

Sem essas capacidades um ataque recente não teria sido possível, explicou o tenente-general, citado pela agência Associated Press (AP).

“Há algumas semanas, não poderíamos ter informações sobre a coluna de camiões sírios a atravessar o Iraque para a Síria. Não poderíamos saber o que havia nestes e não poderíamos saber que, de 25 camiões, aquele era o camião. O camião número oito era o que tinha as armas”, destacou Kochavi, durante uma conferência numa universidade no norte de Telavive.

Kochavi sublinhou ainda que tais missões são muitas vezes complicadas, devido a fogo antiaéreo pesado.

“Eles precisam atacar. Eles precisam de atingir. Eles precisam regressar, realçou, acrescentando: “Eles precisam de garantir que em alguns dos ataques não morre quem não deve morrer”.

Autoridades israelitas reconheceram no passado ataques a centenas de alvos na Síria e em outros lugares, no que dizem ser uma campanha para frustrar as tentativas iranianas de contrabandear armas para representantes como o grupo militar Hezbollah do Líbano ou para destruir esconderijos de armas.

No entanto, uma referência tão específica a um golpe em particular é rara, pois tal como os políticos, os militares não comentam sobre suspeitas de ataques israelitas fora das suas fronteiras ou da Faixa de Gaza.

O ataque de novembro, referido por Kochavi, atingiu camiões que transportavam combustível e outros camiões que transportavam armas para as milícias na província de Deir el-Zour, no leste da Síria, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido.

Esta organização não-governamental (ONG) acrescentou que pelo menos 14 pessoas, a maioria membros da milícia, foram mortas no ataque.

O ataque, ao longo da fronteira com o Iraque, teve como alvo membros de milícias apoiados pelo Irão, explicou este organização da oposição, que monitoriza a guerra, na altura.

Alguns dos mortos no ataque eram cidadãos iranianos, de acordo com dois oficiais paramilitares no Iraque.

Já Israel recusou-se a comentar o ataque na altura.

Kochavi sublinhou ainda que as ações de Israel na região “interromperam totalmente” o desejo do Irão em entrincheirar-se militarmente ao longo da fronteira de Israel.

O responsável do FDI acrescentou que impediram o Irão de colocar centenas de mísseis terra-terra e terra-ar na Síria e no Líbano, bem como dezenas de milhares de insurgentes, bem como a criação de um braço sírio do Hezbollah.

O Irão é um dos principais apoiantes do Presidente sírio, Bashar Assad, e enviou milhares de combatentes apoiados por Teerão para ajudar as tropas sírias durante a guerra civil de 11 anos do país.

Quer o Irão, quer o governo de Assad, também são aliados do Hezbollah, que lutou ao lado das forças de Assad na guerra.

Israel considera o Irão o seu principal inimigo e tem alertado contra o que considera ser atividades hostis na região.

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