O partido Chega, em comunicado, pediu hoje mais esclarecimentos sobre este caso e solicitou à câmara de Lisboa, que Medina presidiu antes de ir para o Governo, que “torne públicos todos os contratos existentes ou que existiram”, assim como avenças de prestação de serviços, entre o município e “Sérgio Figueiredo ou familiares, ou empresas de que estes sejam titulares ou proprietários de facto”.
Este pedido surge depois de o semanário Novo ter noticiado que a Câmara Municipal de Lisboa, liderada por Fernando Medina, atribuiu um apoio de 350 mil euros a um evento organizado pelo filho de Sérgio Figueiredo, na altura diretor da TVI, de que o canal foi “media partner”.
O Chega já tinha apresentado uma denúncia à Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre "a eventual troca de favores entre Medina e Sérgio Figueiredo".
Sérgio Figueiredo, antigo diretor de informação da TVI, renunciou em 17 de agosto ao cargo de consultor do ministro das Finanças, comunicando a decisão através de um texto publicado no Jornal de Negócios, após semanas de polémica e críticas de partidos políticos e comentadores.
O jornal Público noticiou em 09 de agosto que o Ministério das Finanças tinha contratado o antigo diretor de informação da TVI e ex-administrador da Fundação EDP Sérgio Figueiredo como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas, escolha que motivou críticas de partidos políticos e comentadores.
Hoje, o Chega afirmou ser “importante que toda a verdade deste emaranhado estranho de relações seja definido e clarificado, em nome da transparência e da integridade do exercício de funções públicas”.
Já a Iniciativa Liberal, também em comunicado, considerou que as notícias dos últimos dias “adicionam factos que comprovam a existência de uma teia de relações construída” entre Fernando Medina e Sérgio Figueiredo, “tornando absolutamente evidente a forma despudorada como se usa e abusa do dinheiro dos contribuintes”.
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