O líder do PSD admitiu conversações com o Chega com vista a entendimentos eleitorais se aquele partido evoluir "para uma posição mais moderada", dizendo descartar essa possibilidade se esta força política "continuar numa linha de demagogia e populismo", em entrevista transmitida quarta-feira pela RTP3.
“O Chega também só aceitará conversar com um PSD que aceite ser oposição à séria e não a dama de honor do governo socialista. Se o PSD honrar a sua tradição e voltar a representar os portugueses descontentes com o atual rumo das coisas podemos conversar. Caso contrário, não há ponte possível”, lê-se em comunicado da direção nacional do partido de Ventura, atualmente presidente demissionário.
Os responsáveis do Chega acrescentaram que “é importante que o PSD saiba que o Chega nunca será muleta de nenhum partido e não será o CDS do século XXI” e “ou há um verdadeiro projeto de transformação do país ou o Chega estará fora de quaisquer jogos ou conversações políticas”.
"Não depende do PSD, depende do Chega. Se o Chega evoluir de uma tal maneira que - embora seja um partido marcadamente de direita, em muitos casos de extrema-direita, muito longe de nós que estamos ao centro -, se o Chega evoluir para uma posição mais moderada, eu penso que as coisas se podem entender", afirmara Rio.
E questionado se não descarta, então, essa possibilidade, Rio respondeu: “Face ao que o Chega tem sido, descarto. Espero é que o Chega possa evoluir para um plano um pouco mais moderado, então não estou a dizer que se faça, mas é possível conversar”.
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