Questionado se existe margem para o Chega alterar o sentido de voto na votação final global, André Ventura respondeu: “não, porque não se trata de questões pontuais de negociação, trata-se de questões estruturais”.
“E esta opção por colocar cada vez mais dinheiro em engordar a coisa pública em vez de canalizar recursos para o crescimento, para as empresas, para os pequenos negócios e as famílias é para nós uma questão estrutural”, sustentou.
O líder do Chega falava no Palácio de Belém, em Lisboa, no fim de uma reunião entre uma delegação do partido e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que começou hoje uma ronda de audiências aos partidos com assento parlamentar centrada no Orçamento do Estado para 2024.
A delegação do Chega era composta também pelos deputados Rui Afonso e Filipe Melo e por Patrícia Carvalho, adjunta da Direção Nacional do partido.
O líder do Chega acusou o Governo de “colocar dinheiro onde sente que pode vir a ter mais votos, o setor social e investimento das instituições públicas”.
“É importante, mas, neste momento, dada a crise de crescimento do país e de competitividade, devíamos ter uma política fiscal vocacionada para o crescimento das empresas, o crescimento económico do país e para o crescimento. E não temos nada disso, por isso estamos a ficar cada vez mais para trás”, considerou.
Ventura afirmou que a indicação do Governo era de que o orçamento ia “recuperar rendimentos e baixar impostos mas, na verdade, teve um truque de malabarismo” e criou “uma ilusão nas pessoas de que vai devolver rendimentos, baixando alguns escalões do IRS, mas foi buscar transversalmente, nos vários impostos, a recuperação desse dinheiro”.
O líder do Chega insistiu que a “carga fiscal aumenta”, considerando que será “histórica, brutal”.
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