"No âmbito dos direitos humanos, a Inteligência Artificial vai ter um papel importante no Plano Nacional de Busca dos nossos presos desaparecidos", anunciou Boric na inauguração do evento científico 'Congresso Futuro', sublinhando a importância da inteligência artificial como ferramenta no desenvolvimento do país.
O mandatário destacou desta forma o programa apresentado pelo seu governo em agosto com o qual o Estado chileno assumiu pela primeira vez o esforço de tentar encontrar os 1.162 presos desaparecidos da ditadura.
Com financiamento estatal, o plano procura reconstituir o que aconteceu com as vítimas após a sua prisão e o seu desaparecimento. O programa também propõe garantir o acesso à informação dos familiares e implementar medidas de reparação.
"A Inteligência Artificial vai permitir cruzar informação, hoje dispersa numa série de instituições", assegura à AFP Paulina Zamorano, chefe do Programa de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.
"A informação que se encontra nos arquivos é crucial para tal tarefa, mas também a que se encontra no Programa [de Direitos Humanos]. São cerca de 47 milhões de folhas", explicou Zamorano. Com a IA, o objetivo é reduzir o tempo de coleta dos dados e o cruzamento dessas informações.
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