Trump ameaçou na segunda-feira cortar definitivamente a contribuição dos Estados Unidos para OMS, suspensa desde abril depois de Trump criticar a forma como a organização geriu a pandemia de covid-19 e acusá-la de ceder às pressões da China.
Questionado sobre a ameaça, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, considerou que ela tem por objetivo “manchar os esforços da China no combate à epidemia” para não enfrentar as suas próprias responsabilidades.
O porta-voz exortou Washington a “deixar de lançar a culpa” para a China e a concentrar-se antes a combater o novo coronavírus, cujo epicentro é neste momento nos Estados Unidos, que registam mais de 1,5 milhões de infetados e 90.000 mortes.
Donald Trump acusou na segunda-feira a OMS de ser “uma marioneta da China” e divulgou no Twitter uma carta que enviou ao diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ameaçando tornar permanente o congelamento temporário de contribuições dos Estados Unidos.
O orçamento da OMS é fixado por períodos de dois anos. Em 2018 e 2019 ascendeu a 5,62 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros).
Os Estados Unidos são o maior contribuinte para o orçamento desta agência da ONU, com 553,1 milhões de dólares naquele período, entre contribuições obrigatórias e voluntárias, que comparam com 7,9 milhões de dólares pagos pela China.
Surgido em dezembro na China, o SARS-CoV-2 já infetou 4,7 milhões de pessoas em todo o mundo, quase 316 mil das quais morreram, segundo um balanço de hoje da agência AFP.
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