O porta-voz do Ministério da Defesa Wu Qian advertiu que Pequim vai tomar “todas as medidas necessárias para proteger a soberania nacional e integridade territorial”.
Wu acusou as autoridades do Partido Democrático Progressista (DPP) de Taiwan de “exagerar deliberadamente” a “ameaça militar” chinesa para “aumentar a tensão para fins eleitorais”.
A 13 de janeiro, realizam-se eleições presidenciais em Taiwan, cujo resultado determinará o rumo da política em relação à China, que reivindica a soberania sobre a ilha.
O candidato do DPP, partido tradicionalmente pró-independência, lidera as sondagens, contra os partidos da oposição Kuomintang (Partido Nacionalista) e o Partido do Povo de Taiwan (TPP), que inicialmente iam disputar as eleições como uma frente unida, mas não chegaram a acordo sobre um candidato comum à presidência.
Os dois mandatos da atual Presidente, Tsai Ing-wen, que não pode candidatar-se a um terceiro mandato, foram marcados por tensões acrescidas com a China, especialmente desde o verão passado, por causa da visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi, numa deslocação que suscitou a ira de Pequim.
A sombra da China, que Taiwan acusa de querer interferir no resultado da votação através de pressões militares e económicas, paira sobre as eleições.
Taiwan, para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil, é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania da ilha, que considera uma província sua e para cuja “reunificação” não exclui o uso da força.
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