A decisão, em comemoração do 75º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre ambas as nações, visa reforçar a cooperação e garantir benefícios para o desenvolvimento futuro, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

De acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira à noite, Xi destacou durante a reunião a importância de “consolidar a confiança política e manter um diálogo constante ao mais alto nível”, sempre sob os princípios do “respeito mútuo e benefício partilhado”.

Os dois países concordaram em intensificar a colaboração em setores como as energias renováveis, os transportes, as infraestruturas e a gestão dos recursos hídricos, através de um comité de cooperação intergovernamental.

A China irá encorajar as suas empresas a investir na Eslováquia e acolher as empresas eslovacas no mercado chinês, garantiu a diplomacia de Pequim.

Ambos os líderes sublinharam a importância de reforçar os intercâmbios culturais e pessoais entre os dois países, com iniciativas que vão desde programas para jovens até à autorização de entrada na China, sem visto, para cidadãos eslovacos durante 15 dias.

A China e a Eslováquia reafirmaram o compromisso com o multilateralismo e com o reforço do sistema das Nações Unidas, assim como uma cooperação internacional mais estreita antes do 50º aniversário das relações entre Pequim e a União Europeia (UE), em 2025.

As tensões comerciais entre a China e a EU aumentaram após a entrada em vigor de aplicar, a partir de quarta-feira, tarifas alfandegárias de até 35,3% sobre veículos elétricos importados do país asiático.

Em retaliação, a China anunciou nos últimos meses investigações sobre as importações de aguardente, produtos lácteos e carne de porco da UE.

A China e a Eslováquia emitiram uma declaração conjunta a formalizar a parceria estratégica e manifestaram a vontade de trabalhar em conjunto em fóruns internacionais para promover a paz e a estabilidade globais.

Xi Jinping elogiou a “postura equilibrada” da Eslováquia em relação à guerra na Ucrânia, e Robert Fico destacou o “papel construtivo” da China na procura de uma solução pacífica.

Desde o início da invasão russa, a China tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia.

O líder da Eslováquia, que interrompeu toda a ajuda militar a Kiev quando chegou ao poder, em 2023, apenas tem apoiado a Ucrânia com ajuda humanitária e recebendo refugiados.

Fico chegou na quinta-feira à China para iniciar uma visita oficial ao gigante asiático que irá durar até terça-feira.