“Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.

Numa mensagem difundida através do Twitter, Trump afirmou que “os Estados Unidos apoiarão vigorosamente os negócios, incluindo as companhias aéreas e outros, que são particularmente afetados pelo vírus chinês”.

Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, mas é a primeira vez que Trump o faz.

A referência surge depois de a diplomacia chinesa ter recorrido a teorias da conspiração para defender que o vírus não teve necessariamente origem no país, onde matou mais de 80.000 pessoas e fez 3.226 mortos, mas sim nos Estados Unidos.

“As forças armadas dos EUA podem ter levado a epidemia para Wuhan”, defendeu na sexta-feira o porta-voz da diplomacia chinesa Zhao Lijian, através da rede social Twitter, que está bloqueada na China, sem sugerir qualquer evidência.

“Os Estados Unidos devem-nos uma explicação”, assegurou.

Pequim designou, no início do ano, um mercado de marisco situado nos subúrbios de Wuhan como o berço da epidemia, apontando que o vírus tinha sido transmitido inicialmente através de uma espécie animal, o que foi corroborado pela Organização Mundial da Saúde.

Análises genéticas de amostras do novo coronavírus em vários países revelam também uma fonte comum na China.

Em reação, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou a China de “semear informações erradas e rumores” sobre a origem do novo coronavírus.