As mortes foram todas registadas na metrópole de Xangai, no leste da China, elevando o número total de óbitos desde o início da pandemia na China para 4.776.

A capital económica chinesa soma um total de 138 mortes desde que os 25 milhões de habitantes da cidade foram colocados em confinamento, há mais de um mês, após um aumento acentuado de casos.

Segundo as autoridades chinesas, os idosos que sofrem de doenças crónicas, como hipertensão, são responsáveis pela maioria das mortes anunciadas em Xangai.

A taxa de vacinação é baixa entre os idosos, num país onde as únicas vacinas disponíveis são de laboratórios chineses. De acordo com vários estudos, estas oferecem proteção considerada fiável contra formas severas da covid-19, mas revelam menos eficácia do que as vacinas estrangeiras.

O Governo chinês continua a implementar uma estratégia de ‘tolerância zero’ à doença, que inclui o isolamento de todos os casos positivos e o bloqueio de cidades inteiras.

Apesar do confinamento rigoroso em Xangai, quase 2.500 novos casos positivos e mais de 17.500 casos assintomáticos foram registados nas últimas 24 horas.

Os moradores ficaram sem acesso a comida e necessidades diárias, face ao encerramento de supermercados e farmácias, e dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em centros de quarentena, onde as luzes estão sempre acesas, o lixo se acumula e não existem chuveiros com água quente.

Qualquer pessoa com resultado positivo, mas que não tenha sintomas, deve passar uma semana numa destas instalações.

A China tem enfrentado nas últimas semanas o pior surto desde o início da pandemia, atribuído à variante Ómicron.

Após surtos em Jilin, no nordeste do país, a vaga atingiu também Xangai e surgiram ainda 14 casos na capital chinesa, Pequim.

O número total de infetados ativos na China continental é de 29.178, 274 deles em estado grave.

De acordo com as contas da Comissão Nacional de Saúde chinesa, desde o início da pandemia, 203.334 pessoas foram infetadas no país.

Até o momento, foi feito acompanhamento médico de mais de três milhões de contactos próximos com infetados, dos quais 435.378 ainda estão em observação.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 168 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.