A medida de retaliação adotada por Pequim é sobretudo simbólica, visto que os três países já tinham suspendido unilateralmente os tratados, para protestar contra a nova legislação, em vigor desde 30 de junho passado.

"Estas decisões erróneas (...) minaram gravemente os fundamentos da cooperação judicial", disse Wang Wenbin, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em conferência de imprensa.

"A China decidiu suspender os tratados de extradição entre Hong Kong e o Canadá, Austrália e Reino Unido, além de acordos de cooperação em justiça criminal", afirmou.

Vários países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, pediram à China que reverta a lei de segurança nacional em Hong Kong.

Esta nova legislação faz com que a oposição pró-democracia na cidade tema um sério declínio das liberdades em vigor neste território de 7,5 milhões de habitantes, retornado à China em 1997 pelo Reino Unido.

Para Pequim, esta lei é oficialmente uma forma de garantir a estabilidade, de pôr fim ao vandalismo que marcou as manifestações pró-democracia de 2019 na região, bem como de suprimir vozes que defendem a independência do território.

Desde 1997, Hong Kong desfruta de ampla autonomia face à China continental, que é liderada pelo Partido Comunista Chinês. Os seus habitantes beneficiam em particular da liberdade de expressão, liberdade de imprensa e uma justiça independente.