As chuvas inesperadas foram seguidas de tempestades que atingiram fortemente a costa do Peru, causando a inundação de hospitais e deixando algumas vilas isoladas. As tempestades foram causadas pelo aquecimento da superfície das águas no Oceano Pacífico, e espera-se que continuem por mais duas semanas.
Quando, em 1998, o país assistiu a um período semelhante de precipitação intensa e cheias, atribuídas ao fenómeno El Niño, 374 pessoas morreram.
No sábado, o primeiro-ministro Fernando Zavala atualizou o número de mortos para 72.
O sistema de drenagem inundou nas cidades costeiras e o Ministério da Saúde começou a fumigar as áreas em torno das poças de água que se formaram nas ruas para matar os mosquitos, que transportam doenças como dengue.
Lima está sem abastecimento de água desde o início da semana. O Governo destacou as forças armadas para ajudarem a polícia a manter a ordem pública nas 811 cidades onde foi declarado estado de emergência.
“O preço dos limões subiu, bem como o das batatas e do óleo alimentar”, disse Sara Arevalo, mãe de cinco filhos, que fazia compras num mercado no norte de Lima. O Governo admitiu que os preços subiram 5% devido às cheias.
Na região de Lambayeque, 22 reclusos de um centro de detenção de jovens aproveitaram a chuva para fugir. Na cidade de Trujillo as chuvas inundaram um cemitério, com a água a transportar ossos para as ruas.
Na capital, Lima, onde o clima é seco e raramente chove, a polícia teve de ajudar centenas de residentes, num bairro nos arredores da cidade, a atravessarem uma rua inundada.
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