As fezes ficaram armazenadas num congelador durante mais de um ano e foram descongeladas para uma investigação sobre as focas-leopardo.

Estas fezes, explica o Instituto Nacional da Água e de Pesquisa Atmosférica (NIWA), são muito importantes para os investigadores, pois é possível saber através delas o que é que estes predadores comem, perceber o estado da sua saúde e apurar há quanto tempo estão em águas neozelandesas.

Isto é tão importante que a bióloga marinha Krista Hupman e uma equipa da LeopardSeals.org criaram uma rede de voluntários para recolher estas amostras no país, que são depois enviadas para análise.

Foi graças a esta rede que um veterinário local, intrigado por uma foca-leopardo com ar adoentado que descansava na praia de Oreti, recolheu algumas amostras e as enviou a Krista Hupman.

Estas amostras foram congeladas e guardadas em novembro de 2017. Agora, as voluntárias Jodie Warren e Melanie Magnan voltaram a pegar nelas para análise.

Foi aí que se descobriu, entre as fezes, uma pen drive.

"É muito preocupante que estes animais incríveis do Ártico tenham plástico como este dentro de si", lamentou Jodie Warren.

O dispositivo estava em boas condições, dadas as circunstâncias. Depois do período necessário para secar, a pen drive revelou os seus segredos: fotos de leões-marinhos e um vídeo de uma fêmea e da sua cria.

A única pista do seu proprietário era a ponta azul de um caiaque.

"Se as fotos são suas e deseja a pen drive de volta, existe um preço. Os cientistas que investigam focas-leopardo querem mais fezes, por favor", brincou o NIWA.

"Quanto mais soubermos sobre estas criaturas, mais podemos garantir que estão a ser cuidadas", acrescenta a nota do instituto.

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