Apneia do sono, doença de Parkinson, doenças parasitárias e epitélios. O que é que estes quatro temas têm em comum? Estão a ser investigados pelas quatro distinguidas deste ano pela Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, uma iniciativa da L’Oréal Portugal em conjunto com a Comissão Nacional da UNESCO (CNU) e com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Inspirado no L’Oréal-UNESCO For Women in Science, o projeto português, que chega em 2024 à sua 20.ª edição, vai apoiar a investigação de Laetitia Gaspar no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra à problemática da apneia do sono, assim como os estudos de Cláudia Deus no Instituto Multidisciplinar de Envelhecimento da Universidade de Coimbra quanto à doença de Parkinson.

Sara Silva Pereira, que estuda doenças parasitárias tropicais (como a doença do sono) no Centro de Investigação Biomédica da Universidade Católica Portuguesa em Lisboa é outra das distinguidas, tal como Mariana Osswald, que se dedica à análise dos epitélios no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto.

Doutoradas e com idades entre os 31 e os 37 anos, "foram selecionadas de entre várias dezenas de candidatas pela relevância dos seus projetos apresentados em 2023", refere a nota de imprensa, sendo que "cada uma é reconhecida com um prémio individual de 15 mil euros".

A seleção "coube a um júri científico presidido por Alexandre Quintanilha, Professor catedrático jubilado e investigador na área da Física", menciona ainda o comunicado.

Desde que foi criado em Portugal, este projeto já apoiou 69 investigadoras, com o objetivo de distinguir "anualmente, cientistas jovens e já doutoradas, com idade até 35 anos (mais um ano por cada filho) e com projetos promissores nas áreas das Ciências, Engenharias e Tecnologias para a Saúde ou para o Ambiente".

Já o programa original, inaugurado em 1998, foi responsável pelo reconhecimento"de 4400 mulheres pela excelência da sua investigação, incluindo 132 laureadas pelos Prémios Internacionais e mais de 4000 jovens investigadoras". "Entre as laureadas, sete receberam um Nobel", frisa a nota de imprensa.