O encontro “Atlantic Interactions”, no qual são esperados mais de 200 participantes, encerra a fase de debate preparatório para a constituição do Atlantic International Research Center (AIR Center), direcionado para a investigação com aplicação prática sobre o Atlântico, nas áreas do clima, dos oceanos, da atmosfera, das energias renováveis, do espaço e do processamento de dados.

Na cimeira estarão representantes de governos, empresas e instituições académicas e científicas.

A lista de oradores inclui o diretor-geral da agência espacial europeia ESA, Johann-Dietrich Woerner, assim como ministros da Ciência e Tecnologia da África do Sul, da Nigéria, de São Tomé e Príncipe e do Senegal.

Participam também no encontro, além de Portugal, delegações de Angola, Argentina, Bulgária, Brasil, Canadá, Cabo Verde, China, Colômbia, Chipre, França, Alemanha, Grécia, Índia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Roménia, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Reino Unido, Uruguai e Estados Unidos.

A comissão e o parlamento europeus, bem como as Nações Unidas, também estarão representados.

Por Portugal vão estar, além de empresas e universidades, os ministros da Ciência, Manuel Heitor, e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, e o secretário regional do Mar, da Ciência e da Tecnologia, Gui Menezes.

O programa da cimeira inclui ‘workshops’ sobre espaço, clima, oceanos, processamento de dados, energia, cultura e educação científica e debates.

O AIR Center, previsivelmente com sede nos Açores, poderá vir a funcionar como uma organização intergovernamental, agregando uma rede de várias entidades em diversos países.

O Governo português comprometeu-se a definir, até ao fim do ano, com parceiros estrangeiros, a estrutura organizativa e o financiamento do centro.

De acordo com o documento preparatório da cimeira, o arquipélago dos Açores é apontado como uma região com potencialidades para ter um porto espacial para lançamento de microssatélites para observação da Terra.

O centro poderá, por exemplo, entre outras funcionalidades, monitorizar o impacto das alterações climáticas na biodiversidade marinha e atividades ligadas à pirataria e ao tráfico de droga no Golfo da Guiné e na costa ocidental africana.