As autoridades gregas referiram ainda que decorre uma operação de busca e resgate para encontrar outras 34 pessoas desaparecidas.

A guarda costeira explicou que foram recuperados do mar um total de 22 corpos, incluindo cinco crianças — três meninos e duas meninas — e seis mulheres.

Apenas 12 pessoas, todos homens, foram encontradas vivas desde que o veleiro afundou na terça-feira em águas traiçoeiras entre as ilhas de Evia e Andros, a leste da capital grega, Atenas.

A guarda costeira indicou que dois dos 12 sobreviventes foram presos por alegadamente pertencerem à quadrilha de contrabando que organizou a viagem da Turquia.

Segundo as autoridades, um dos homens era suspeito de comandar o navio e outro de o ajudar. Ambos enfrentam acusações de pertencer a uma organização criminosa e provocar o naufrágio.

A maioria dos sobreviventes foi encontrada numa ilhota desabitada e disseram às autoridades que estavam num veleiro que transportava 68 pessoas proveniente de Izmir, na costa turca.

Quem sobreviveu disse que o barco capotou e afundou em mar agitado. A operação de resgate inicial foi realizada com rajadas de vento fortes no Estreito de Kafireas, entre as duas ilhas.

Foi o mais recente de uma série de naufrágios mortais de barcos de migrantes na zona da Grécia.

Milhares de pessoas que fogem de conflitos e pobreza em África, Ásia e Médio Oriente tentam entrar na União Europeia (UE) pela Grécia todos os anos.

A maioria faz a travessia curta, mas muitas vezes perigosa, da costa turca para as ilhas gregas vizinhas em embarcações insufláveis, muitas vezes, insalubres. Outros optam por contornar a Grécia em veleiros e iates sobrelotados em direção a Itália.

Pelo menos 27 pessoas morreram afogadas em dois naufrágios separados em outubro. Num deles, 18 pessoas morreram quando um barco que partiu da Turquia afundou na ilha de Lesbos, no leste do mar Egeu. No outro, um iate que transportava cerca de 100 pessoas afundou durante um vendaval, matando pelo menos nove pessoas e deixando outras seis desaparecidas.