Em 2024, o ex-presidente do FC Porto deu uma entrevista a Daniel Oliveira, no programa “Alta Definição”, da SIC, onde revelou que gostaria que as suas cinzas fossem "deitadas naquela azinheira que está ao pé da capela de Nossa Senhora de Fátima, em Fátima".

Contactado pelo SAPO24, o Santuário de Fátima diz que "só soube da questão através da comunicação social".

"Nunca fomos contactados nem pelo próprio Jorge Nuno Pinto da Costa nem pela família, pelo que não nos pronunciamos sobre o assunto", é ainda frisado.

Segundo o decreto-lei n.º 411/98, de 30 de dezembro, as cinzas resultantes de cremações podem ter três fins: "colocadas em cendrário [recipiente próprio para cinzas]", "colocadas em sepultura, jazigo, ossário ou columbário, dentro de recipiente apropriado" ou "entregues, dentro de recipiente apropriado, a quem tiver requerido a cremação, sendo livre o seu destino final".

O ex-presidente do FC Porto Pinto da Costa, que se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial, entre 1982 e 2024, morreu no sábado, aos 87 anos, vítima de cancro.

Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e o seu estado de saúde agravou-se nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube, frente a André Villas-Boas.

Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito, sem oposição, como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.