Promovida pela CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, em parceria com a ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, a Ação Nacional de Promoção da Igualdade de Género no Trabalho terá a duração de um ano e terá como público-alvo todos os agentes envolvidos na matéria do trabalho e igualdade e a sociedade em geral.
“Apesar de todo o caminho que tem vindo a ser percorrido pela ACT e pela CITE entendemos que seria necessário continuar a criar uma união de esforços e de sinergias de modo a poder contribuir para o aumento da consciência social no âmbito das questões da igualdade e não discriminação”, disse à agência Lusa a presidente da CITE, Joana Gíria.
Joana Gíria explicou que vai ser uma “campanha com uma imagem interrogativa”. Terá como chave “a interrogação ‘És igual’” de maneira a que as pessoas olhem para as monofolhas, para os cartazes e se interroguem” sobre se estão a ser tratadas de forma igual.
O objetivo é questionaram-se sobre se consideram que “homens e mulheres estão a exercer os seus direitos de forma igual”, nomeadamente no recrutamento e seleção para o emprego, no salário, na dignidade no local de trabalho, nomeadamente no que respeita ao assédio, no exercício dos direitos de proteção à parentalidade e na conciliação da atividade profissional com a vida familiar e privada.
Os destinatários desta ação são trabalhadores/as e suas representações, entidades empregadoras, beneficiários/as do trabalho e empresas prestadoras de serviço, estudantes e a sociedade em geral.
Vamos “apelar às consciências, interpelar e fazer notar que está é uma questão fundamental de direitos humanos”, sublinhou Joana Gíria.
“Nós temos um manancial de tratados internacionais”, convenções e legislação sobre esta matéria, “mas a verdade é que há uma teima que faz persistir este enviesamento do entendimento daquilo deve ser a igualdade entre homens e mulheres no trabalho, no emprego, no desenvolvimento da sua atividade profissional e da sua conciliação com a vida familiar e pessoal”, frisou.
Para a presidente da CITE, “não faz sentido” que se continue a “prejudicar mulheres na evolução da sua carreira profissional, pelo facto de elas ainda serem as grandes cuidadoras do lar e dos homens serem ainda considerados como os provedores do ganho em casa”.
A ação vai ser divulgada nos meios de comunicação social e numa segunda fase serão realizadas ações em escolas e empresas. Haverá também informação disponível no site da CITE e uma linha de apoio na ACT.
Durante todo o ano, a ACT irá intervir junto de empresas no sentido de as sensibilizar para a necessidade do cumprimento destes deveres.
No final da campanha, previsto para agosto de 2017, será feita uma avaliação dos resultados da ação.
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