Ola Bini foi preso quando tentava viajar para o Japão, no mesmo dia em que Quito retirou o asilo de Assange, que permanecia desde 2012 refugiado na embaixada do Equador em Londres.
"A Procuradoria Geral do Estado formulou acusações contra um cidadão sueco de 36 anos por suposta participação no crime de ataque à integridade de sistemas informáticos", assinala o órgão num comunicado, acrescentando que um juiz "determinou a prisão preventiva do acusado e o congelamento das suas contas bancárias enquanto se realiza a instrução criminal, que pode demorar até 90 dias".
Sem citar Bini, a ministra do Interior, María Paula Romo, denunciou na última quinta-feira que uma pessoa ligada a Assange estaria envolvida num plano de desestabilização contra o presidente Lenín Moreno e havia feito viagens ao exterior com o ex-chanceler equatoriano Ricardo Patiño.
A funcionária também apontou dois hackers russos que vivem no Equador e estão ligados a "ataques sistemáticos" ao governo equatoriano, sem que as autoridades tenham confirmado se se tratam de aliados do WikiLeaks.
María Paula indicou ontem que Bini é "uma pessoa próxima do WikiLeaks" e que, nos últimos anos, visitou em 12 ocasiões a embaixada do Equador em Londres.
"Há suspeitas de que ele esteja a interferir em comunicações privadas ou a usar os seus conhecimentos para tal. Isto é um crime, não importando se é feito contra um governo ou contra um cidadão comum", afirmou a ministra ao canal Teleamazonas.
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