Um responsável policial, Surjeet Singh, indicou que até ao momento foram "recuperados nove ou dez cadáveres do rio".

Um primeiro balanço, anunciado pouco depois do lançamento de uma operação de busca e salvamento, apontava para três mortos.

O desastre foi provocado pelo colapso do glaciar Nanda Devi, no estado indiano de Uttarakhand, hoje de manhã.

A central hidroelétrica de Rishigana, a primeira sobre a qual a enxurrada se abateu, ficou destruída e a de Dhauliganga seriamente danificada, segundo um porta-voz da guarda de fronteira indo-tibetana, Vivek Pandey.

Ambas as barragens situam-se no rio Alaknanda, que corre dos Himalaias até ao Ganges.

Vídeos filmados com telemóveis do momento da avalanche, divulgados nas redes sociais, mostram a chegada repentina de uma grande coluna de lama e água por um leito de rio, atingindo com força as encostas do vale e destruindo estruturas como uma barragem em construção.

O porta-voz indicou que pelo menos 16 trabalhadores ficaram presos num túnel da barragem de Dhauliganga e 140 trabalhadores das duas centrais estão desaparecidos.

Perto de 400 elementos de diferentes forças de polícia e proteção civil estão envolvidos nas operações de resgate, que se centram na busca dos trabalhadores desaparecidos, segundo o chefe do governo estadual, Trivendra Singh Rawat.

As autoridades lançaram um alerta às populações das margens do Alaknanda para se deslocarem para zonas mais seguras, temendo um aumento significativo do caudal do rio.

Em 2013, milhares de pessoas morreram no estado de Uttarakhand depois de fortes chuvas terem provocado deslizamentos de terras e enxurradas.

Essa tragédia causou cerca de 7.000 mortes ou desaparecidos, muitos deles peregrinos hindus que se deslocaram a Uttarakhand para visitar alguns dos lugares mais importantes para a religião, e onde também nasce o sagrado rio Ganges.

[Notícia atualizada às 14h54]