"Eu fiquei surpreendido. Parece que há um apoio muito grande da comunidade internacional para o processo. Espero que funcione, e seja motivo para a conciliação, para a negociação", disse Cristian Roa, professor de 23 anos, de Bogotá.
Também morador da capital colombiana, Gustavo Rojas, de 62 anos, afirmou que o reconhecimento a Juan Manuel Santos pode ajudá-lo a ter mais apoio dentro do país, mas outros colombianos receiam que a escolha gere ainda mais polarização política.
Os principais jornais colombianos, El Tiempo e El Espectador, deram a notícia do prémio como principal destaque nas respetivas edições eletrónicas, bem como as declarações a este respeito por parte de Juan Manuel Santos, do líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Lodoño, conhecido como "Timochenko", e do principal opositor ao acordo, o ex-Presidente Álvaro Uribe.
O líder das Farc afirmou que "o único prémio ao qual (os guerrilheiros) aspiram é o da paz com justiça social".
Já Uribe, felicitou Santos, mas também o criticou, pedindo que o prémio o motive a "conduzir uma mudança" nos acordos, que considerou "danosos para a democracia".
O acordo entre o governo colombiano e as Farc foi assinado pelo Presidente Santos e por "Timochenko" no passado dia 26 de setembro, após quatro anos de negociações. Desde então, ambos eram apontados como possíveis indicados ao Prémio Nobel da Paz.
Todavia, no referendo realizado no passado domingo, 50,21% dos eleitores rejeitaram o acordo, votando pelo "Não" e deixando o país num impasse.
Desde então, a imprensa local havia dado como descartada a possibilidade de que Santos ganhasse o galardão, e foi surpreendida hoje de manhã.
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