O acordo foi anunciado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e confirmado pelas Forças Armadas sírias e a oposição.

O chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, cujo país apoia os rebeldes, disse que o acordo é uma “oportunidade histórica” para acabar com a guerra que provocou milhares de mortos e milhões de refugiados.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Walid Muallem, considerou que o cessar-fogo é uma “oportunidade real” para encontrar uma “solução política” para o conflito.

O anúncio da trégua ocorre uma semana depois de o regime de Bashar al-Assad ter assumido o controlo da cidade de Alepo.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje, durante uma intervenção na televisão, que o regime sírio e os rebeldes assinaram um cessar-fogo e acordaram começar conversações de paz, no seguimento de negociações mediadas pela Rússia e pela Turquia durante os últimos meses.

De acordo com Vladimir Putin, as autoridades de Damasco e a maioria da oposição armada assinaram um documento sobre um cessar-fogo na Síria e também um anúncio sobre a sua disposição para começar as conversações de paz.

O acordo será o primeiro não só a ser mediado pela Turquia, mas também a ter uma incidência nacional desde a trégua de setembro, que durou uma semana, até vários incidentes violentos terem feito cair o cessar-fogo.

Uma outra trégua tinha sido alcançada em fevereiro, sendo ambos mediados pelos Estados Unidos e pela Rússia.

A Rússia é um dos importantes apoios do Presidente da Síria, Bashar al-Assad, e está a intervir militarmente no conflito desde setembro do ano passado.

Apesar de apoiarem partes diferentes no conflito, e das relações entre os dois países terem piorado depois da Turquia ter abatido um avião russo no ano passado, Ancara e Moscovo têm trabalhado cada vez mais próximos na Síria e em conjunto mediaram o cessar-fogo em Alepo que permitiu, já este mês, que os últimos rebeldes e civis tenham podido sair da cidade.