Se tudo correr como tem sido antecipado pela imprensa internacional, a Comissão Europeia, que começa esta terça-feira a rever regulamentos de emissões de dióxido de carbono (CO2) na Europa, deverá aprovar o ano da morte da venda de carros novos (ligeiros de passageiros e de mercadorias) a gasolina ou a gasóleo na União Europeia.

Segundo a notícia avançada pelo Público, o tema vai ser debatido hoje e votado na quarta-feira.

A medida vai de encontro à meta estabelecida em 2021, quando a Comissão Europeia se assumiu mais ambiciosa e atualizou metas de descarbonização para um 'corte' de 55% de emissões nos veículos ligeiros de passageiros e menos 50% nas viaturas ligeiras de mercadorias, altura em que foi introduzida também um corte de 100% dessas emissões em todos os ligeiros a partir de um de janeiro de 2035, altura em que se espera que se deixem de vender carros novos a gasóleo ou gasolina.

"Entre os veículos com nível nulo de emissões incluem-se atualmente veículos eléctricos a bateria, veículos a pilha de combustível e outros veículos movidos a hidrogénio”, lê-se no texto que será votado pelos deputados europeus e que é divulgado pelo Público.

O ritmo de novas matrículas de veículos elétricos no mundo acelerou no ano passado, com 6,6 milhões de unidades vendidas, o dobro de 2020, quando já se tinha registado um aumento de 41%.

A Agência Internacional de Energia destacou, no seu relatório anual sobre veículos elétricos, que, apesar dos problemas de abastecimento, a tendência de registo continua forte este ano, com dois milhões de vendas no primeiro trimestre.

No final do ano passado existiam cerca de 16,5 milhões de veículos elétricos em todo o mundo, um número que triplicou desde 2018.

A China voltou a ser o principal mercado para este tipo de veículo no ano passado, com 3,3 milhões de vendas, praticamente três vezes mais do que em 2020.

A Europa foi desta vez relegada para a segunda posição, isto apesar de o crescimento a nível europeu ter sido de 65%, para 2,3 milhões de unidades. Os Estados Unidos mais do que duplicaram os seus números para 630.000.

Uma das razões para a expansão do veículo elétrico na China tem que ver com os custos, já que a diferença de preço em relação aos veículos convencionais com motor de combustão interna foi reduzida para 10%.