Inicialmente, estava previsto que o próximo Congresso Nacional do PS, em princípio em Lisboa, se realizasse apenas nos dias 06 e 07 de janeiro, mas ficou decidido acrescentar mais um dia [sexta-feira, dia 05], que se destinará sobretudo à credenciação dos cerca de 1.600 delegados que ser eleitos, aos quais se juntarão mais 1.100 com direito de inerência.

De acordo com o presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC), Pedro do Carmo, na proposta de regulamento constava também a marcação das eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral, e a decisão foi manter as datas inicialmente previstas, ou seja, 15 e 16 de dezembro, três semanas antes do congresso.

Hoje, aos jornalistas, o secretário-geral adjunto do PS, João Torres, adiantou que, igualmente sem votos contra, a Comissão Nacional do PS revogou o calendário interno que tinha aprovado antes da crise política, que incluía eleições para órgãos de secção, concelhios e federativos.

Estes atos eleitorais nas estruturas distritais e locais do PS deverão ocorrer num período posterior às eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

Para a sucessão de António Costa na liderança do PS, estão já no terreno três candidaturas: a do ex-secretário-geral adjunto e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a do deputado socialista e ex-ministro Pedro Nuno Santos, e a do dirigente Daniel Adrião.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da COC adiantou que as candidaturas ao cargo de secretário-geral do PS terão de ser entregues até 30 deste mês, com assinaturas de 200 proponentes militantes socialistas e acompanhadas de uma moção de orientação política.

Para as eleições diretas para o cargo de secretário-geral do partido, a realizar a 15 e 16 de dezembro, segundo Pedro do Carmo, podem votar cerca de 80 mil militantes socialistas, desde que tenham as respetivas quotas pagas (do primeiro semestre deste ano) até ao fim deste mês.