Na sua apresentação como coordenador da comissão, em 02 de dezembro de 2021, o pedopsiquiatra Pedro Strecht apelou às vítimas para que falem sobre os abusos que sofreram, vincando a “utilidade” da partilha desses casos para evitar repetições futuras, sem deixar de assegurar o “absoluto respeito e sigilo”, bem como o anonimato das vítimas.

Strecht alertou, no entanto, que a equipa não vai fazer investigação de natureza criminal, ao mesmo tempo que realçou a vontade da Igreja de saber a verdade.

De acordo com o pedopsiquiatra, o trabalho desta comissão independente vai decorrer ao longo deste ano, num espaço físico “descaracterizado” e “autónomo” da Igreja, estando prevista a apresentação de um relatório em dezembro. O financiamento dos trabalhos será assegurado pela Comissão Episcopal Portuguesa (CEP), mas estará aberto a eventuais contribuições de outras instituições.

Por sua vez, o presidente da CEP, o bispo José Ornelas, reivindicou a importância de se trilhar “um caminho de verdade, sem preconceitos nem encobrimentos” para a Igreja Católica portuguesa.

O também bispo de Setúbal reforçou o interesse da Igreja em apurar a verdade, mas evitou traçar expectativas sobre as descobertas e conclusões da comissão, a quem garantiu que terá meios de trabalho.

Na conferência de imprensa de hoje, marcada para o final da tarde na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Pedro Strecht vai aproveitar o momento para apresentar também publicamente os restantes membros do grupo de trabalho, que integra o psiquiatra Daniel Sampaio, o antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio, a socióloga e investigadora Ana Nunes de Almeida, a assistente social e terapeuta familiar Filipa Tavares e a cineasta Catarina Vasconcelos.

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