Fabian Figueiredo deverá assim ocupar o lugar deixado por Pedro Filipe Soares, que em dezembro do ano passado anunciou que não voltaria a ser candidato a deputado e ia deixar o parlamento no final da legislatura.
A reunião da Comissão Política do BE decidiu hoje indicar para a liderança da bancada parlamentar Fabian Figueiredo, que foi eleito nas legislativas de domingo pelas listas de Lisboa em segundo lugar.
Fabian Figueiredo já tinha substituído Pedro Filipe Soares como deputado em 2021, quando este gozou a sua licença parental, tendo então sido a estreia no hemiciclo do dirigente bloquista com 35 anos.
Licenciado em Sociologia, o deputado eleito já foi cabeça de lista pelo partido à Câmara de Loures.
Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os mandatos dos dois círculos eleitorais da emigração em falta, o BE tem 4,46%, com cerca de 274 mil votos, tendo conseguido eleger o mesmo número de deputados.
Já depois das eleições, a líder do BE pediu reuniões a PS, PCP, Livre e PAN - que já aceitaram - para analisar os resultados das eleições que “mudaram a face política do país” e debater convergências “na oposição ao Governo da direita” e na construção de uma alternativa.
Nas eleições de domingo, o BE falhou o objetivo de afastar a direita e recuperar deputados por Aveiro, Braga, Santarém ou Faro, apesar de ter subido a votação em cerca de 30 mil votos e mantido os mesmos cinco mandatos, fixando-se como quinta força política.
Mantendo a mesma distribuição de mandatos pelos círculos eleitorais de Lisboa (dois), Porto (dois) e Setúbal (um), o novo grupo parlamentar conta com a novidade da eurodeputada Marisa Matias e com a estreia a tempo inteiro de Fabian Figueiredo (que já tinha estado em regime de substituição), para além da manutenção de Mariana Mortágua, José Soeiro e Joana Mortágua.
Mariana Mortágua chegou a estas eleições legislativas com menos de um ano à frente da liderança do BE e foi clara, ao longo de toda a campanha, sobre os objetivos que pretendia: afastar a direita do poder, integrar uma maioria de esquerda, recuperar deputados perdidos em 2022 e crescer eleitoralmente, depois do desaire das últimas eleições.
Destes objetivos, apenas conseguiu cumprir um deles, que foi ter mais votos do que em 2022, cerca de 30 mil, o que a coordenadora do partido considerou ser uma “prova de enorme resistência” dos bloquistas.
Em 2022, o BE tinha conseguido 4,4%, com 244.596 votos e os mesmos cinco deputados.
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