1. Bill Gates e a crise climática

A CBS transmitiu um segmento no programa 60 Minutes com o fundador da Microsoft, que enfatizou a inovação tecnológica e a cooperação global como as chaves para resolver o que ele chama de “o desafio mais difícil que a humanidade já enfrentou”. 

Planeta A

Uma volta ao mundo centrada nos temas que marcam.

Todas as semanas, selecionamos os principais trabalhos associados à rede Covering Climate Now, que o SAPO24 integra desde 2019, e que une centenas de órgãos de comunicação social comprometidos em trazer mais e melhor jornalismo sobre aquele que se configura como um tema determinante não apenas no presente, mas para o futuro de todos nós: as alterações climáticas ou, colocando de outra forma, a emergência climática.

De acordo com Bill McKibben, do The New York Times, o que Gates indica como energias verdes e outras soluções climáticas estão “surpreendentemente atrasadas”.

Além disso, McKibben diz ainda que Bill Gates ignorou a sua forte influência como bilionário pedindo uma ação governamental, mas ao mesmo tempo “passando cheques a conhecidos negacionistas climáticos”. 

Para ler na íntegra no The New York Times

Texas Snow
créditos: Lusa

2. Será a recente onda de mau tempo nos EUA um presságio de mudanças climáticas?

Uma onda de frio recorde neste fim de semana cobriu grande parte dos Estados Unidos com neve e gelo. No Texas, as baixas temperaturas e as tempestades deixaram mais de 4 milhões de casas sem energia e muitas sem rede. Em Seattle, quase vinte e três centímetros de neve cobriram uma cidade que não via tanta neve desde 1969.

Dev Niyogi, professor de geociências da Universidade do Texas, em Austin, referiu que a “extensão e severidade” das tempestades são um prenúncio das mudanças climáticas. Explicou ainda que o aquecimento global está a tornar os invernos mais amenos, mas continua a haver uma grande oscilação nas temperaturas e nos padrões climáticos. 

Para ver na íntegra em PBS

3. Por que é que o Texas está a sofrer cortes de energia?

Mais de quatro milhões de pessoas ainda estavam sem energia no Texas, nos EUA, na manhã de terça-feira, depois de uma tempestade ter congelado as infraestruturas principais do estado e aumentado os preços da energia no país. 

O facto de as turbinas de energia eólicas terem congelado foi um motivo para os defensores da indústria de combustíveis fósseis criticarem as energias renováveis.

“Quanto menos usamos combustíveis fósseis, mais precisamos deles”, dizia um editorial do Wall Street Journal, alegando que a presença de energia solar e eólica na rede elétrica do Texas a tornava insegura. 

Mas, na verdade, as turbinas que dependem do carvão e gás natural também tiveram dificuldades no estado, especialmente porque a rede elétrica do Texas foi projetada para conseguir aguentar o calor, mas não o frio como há agora. 

Para ler na íntegra em Earther

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créditos: The Guardian

4. Os efeitos duradouros que o calor está a ter em crianças americanas

“As raízes do racismo sistémico são tão profundas nos Estados Unidos (...) que o aquecimento global prejudica crianças negras e latinas antes mesmo de nascerem”, escreve Oliver Milman para o The Guardian. 

De acordo com uma nova investigação da Universidade do Texas, os efeitos do clima, especialmente o calor, originam desproporcionalmente resultados adversos na gravidez para mulheres de cor - e, por isso, afligem as crianças ao longo do seu desenvolvimento. 

Para ler na íntegra em The Guardian

Por cá: Plataforma lançada ajuda na compra de automóveis elétricos 

Ajudar na compra de um automóvel e informar sobre opções de mobilidade sustentável são objetivos de uma plataforma ‘online’ lançada esta terça-feira, na qual se conclui que veículos 100% elétricos compensam em termos de emissões e custos de manutenção.

A plataforma foi lançada pela associação ambientalista Zero e, com o apoio de outras seis entidades, pretende contribuir para mudar o paradigma da mobilidade, desenvolver cidades e vilas mais saudáveis, e informar cidadãos e empresas sobre a mobilidade elétrica, diz a associação em comunicado.

O projeto tem ainda como objetivos, afirma a Zero, divulgar formas de mobilidade mais sustentáveis, divulgar os carros elétricos que existem no mercado nacional (características e vantagens ambientais e económicas), dando informações independentes, e também “desmistificar mitos ainda existentes sobre a tecnologia elétrica”.

A página contém por exemplo um simulador comparativo de veículos 100% elétricos com veículos a gasolina ou gasóleo, em termos de compra, utilização e emissões de dióxido de carbono e óxido de azoto (principais poluentes atmosféricos).

“Os números mostram que, para a grande maioria dos modelos, os veículos 100% elétricos são mais vantajosos, quer em termos de emissões de gases poluentes, quer em relação aos custos totais de aquisição e utilização, que são comparáveis ou mesmo inferiores aos dos veículos a gasolina e gasóleo”, salienta a associação.

Para um cliente particular a aquisição e utilização de um carro elétrico tem um custo idêntico a um a gasóleo, mas se for um cliente empresarial os custos associados ao carro 100% elétrico são substancialmente inferiores aos de carros a gasóleo ou gasolina. Os custos de manutenção também são muito mais baixos, como também o são os custos da eletricidade, comparados com o valor a pagar pelos combustíveis fósseis.

No comunicado a Zero lembra que o setor dos transportes é dos que mais contribui para a emissão de gases com efeito de estufa, sendo responsável, em 2018, por cerca de 25% das emissões de dióxido de carbono em Portugal.

“Os compromissos que Portugal assumiu no Acordo de Paris e, consequentemente a nível Europeu e nacional, com um objetivo de neutralidade carbónica em 2050, fazem com que a atuação neste setor deva ser realizada de forma concreta e integrada para uma redução efetiva do seu peso nas emissões de gases com efeito de estufa”, salienta-se no comunicado.

Além do simulador a página tem informações sobre mobilidade sustentável relacionadas com os transportes coletivos ou os chamados modos suaves (bicicletas por exemplo), sobre a legislação respeitante à mobilidade elétrica, ou sobre as tecnologias disponíveis, além de ligações a páginas de instituições e organizações ligadas à mobilidade e outras “sites” sobre mobilidade.

Em 2020, as vendas de veículos com ligação a uma tomada representaram 10,5% do mercado europeu, quando em 2019 a mobilidade elétrica estava apenas nos 3%.

De acordo com os últimos números da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E, na sigla original), que junta organizações não-governamentais, sobretudo ambientalistas, no ano passado foram registados na União Europeia mais de um milhão de veículos elétricos, duplicando o número de carros a circular sem consumo de combustíveis fósseis (agora mais de dois milhões).

A T&E diz num relatório divulgado na segunda-feira que em 2020 foram vendidos só na Alemanha mais veículos (395 mil) com uma tomada do que em toda a União Europeia em 2019 (391 mil), sem contar com o Reino Unido.

“Os veículos elétricos resistiram à crise covd-19 muito melhor do que os motores a gasolina e a gasóleo, cujos volumes combinados caíram 36%”, diz-se no relatório, segundo o qual os quase 1 milhão e 365 mil veículos elétricos vendidos na Europa em 2020 superaram as vendas de carros elétricos na China e colocaram o continente europeu na vanguarda da mobilidade elétrica.

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