A crise na habitação tem impacto em toda a sociedade e, em particular, nos jovens quando procuram a primeira casa. A procura por soluções acontece um pouco por todo o lado e, nos Estados Unidos, uma das tendências mais recentes é a compra de casa nem sozinho, nem em casal ou família, mas sim entre amigos. No fundo, um prolongamento dos acordos típicos da etapa universitária em que duas ou mais pessoas dividem o arrendamento de uma casa e partilham as despesas – só que agora em regime de co-proprietários.

Um estudo recente revelou que cerca de 15% dos americanos compraram uma casa com alguém que não é um parceiro romântico e, desses, quase 25% afirmaram que de outra forma não teriam conseguido adquirir casa própria. Por outro lado, 48% dos entrevistados, que não têm casa em co-propriedade, afirmaram que considerariam fazê-lo.

Nas conclusões do estudo é apontado que mais de 6 em cada 10 americanos comprariam uma casa em conjunto com um amigo, sendo a Geração Z (nascidos depois de 1997) a mais disposta (70% de respostas afirmativas).

As vantagens apontadas por quem optou por esta solução são quase todas de índole financeira e não revelam propriamente uma alteração de padrões de vida. Partilhar custos é, naturalmente, a principal vantagem (67%) e, em segundo lugar, é apontado o facto de esta opção permitir uma casa melhor (56%). Para 54%, ser uma oportunidade de investimento é também listado.

Os entrevistados que compraram uma casa em conjunto com um parceiro com quem não têm uma relação de casal investiram em média 89,484 dólares (cerca de 82 mil euros).