"Em Vila do Conde, e mais concretamente na zona industrial da Varziela, existe uma representação muito significativa da comunidade chinesa em Portugal, e tiveram esse ato generoso de nos oferecer três mil máscaras, que muito agradecemos", disse à Lusa Tiago Pacheco, comandante do Destacamento de Matosinhos, responsável pelo posto da GNR de Vila do Conde

O responsável lembrou que as máscaras recebidas "servem como um bom complemento ao material já existente, nomeadamente às viseiras, reforçando a proteção dos militares e dando uma maior folga na gestão destes equipamentos".

O comandante vincou, ainda, que a comunidade chinesa, e nomeadamente os elementos que residem e trabalham na localidade, "tem sido muito ativa e cooperante com as autoridades na adoção das medidas recomendadas pelas Direção-Geral de Saúde".

"É uma comunidade disciplinada e exemplar nessa matéria, sempre muito preocupada e empenhada na sensibilização. Da parte da GNR, há muito tempo que temos promovido uma interação, e feito formação, para nos aproximarmos culturalmente e garantirmos uma maior integração desta comunidade na sociedade portuguesa e, mais concretamente, em Vila do Conde", acrescentou Tiago Pacheco.

O militar foi informado que esta oferta de equipamentos promovida pela comunidade chinesa em Portugal não se cinge apenas à GNR de Vila do Conde e que vai ser alargada a outras entidades públicas de todo o país.

"Sabemos que se organizaram, e aproveitando os contactos que têm nesta área do comércio e importação, adquiriram milhares destes equipamentos que vão distribuir por autarquias, hospitais e forças de segurança. Estão a dar um bom exemplo à sociedade", partilhou o responsável.

Portugal regista 785 mortos associados à covid-19 em 21.982 casos confirmados de infeção, segundo o boletim de hoje da DGS, que revela terem sido identificados 202 casos positivos em Vila do Conde desde o início da pandemia.

O país cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".