“Estamos muito satisfeitos, por, pela primeira vez no concelho do Porto, termos uma unidade de média duração com 19 camas”, dando uma resposta a uma área que ainda não tinha “uma solução”, declarou Fernando Araújo, que presidiu hoje, no Porto, à cerimónia de assinatura do protocolo celebrado entre o Ministério da Saúde, Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social do Porto e Ordem Terceira da Santíssima Trindade.

Segundo o Luís Malafaia de Sá, provedor da Ordem, as 19 camas para cuidados continuados de média duração, instaladas na Baixa do Porto, na Trindade, representam o “culminar de uma visão estratégica” que começou a delinear-se há dois anos e cujo orçamento investido rondou “meio milhão de euros”.

O secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo recordou, relembrou que no final de 2015, havia cerca de 7.700 camas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, e que em 2016 estão previstas mais “684 camas”, ou seja, um aumento de “25% [daquelas camas] em relação a 2015”.

Fernando Araújo classificou esse aumento como “um esforço muito sério”.

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) informou hoje, por seu turno, que com a entrada das 19 camas de média duração na cidade do Porto, a região Norte passa a dispor de “2.457 camas, nas diferentes tipologias da rede, 20 das quais de âmbito pediátrico (casa do Kastelo)” e estima que até ao final do ano u número se eleve para “112 camas”.

A ARS do Norte informou também que na região Norte está a ser reforçada a prestação de cuidados continuados efetuados na casa dos doentes por equipas multidisciplinares e, atualmente, há 1.691 lugares de resposta domiciliária.

O vereador da Câmara do Porto, Manuel Pizarro (PS), com o pelouro da Habitação e Ação Social e presente na cerimónia, admitia que a cidade do Porto “precisa de mais lugares nos cuidados continuados”, explicando que essa necessidade resulta do facto da esperança média de vida ter aumentado.

A Câmara tem uma enorme disponibilidade política para aumentar a “capacidade de resposta” e estar ao serviço da “dignidade das pessoas”, acrescentou Manuel Pizarro.