Em comunicado, a Metro do Porto indica que o procedimento concursal para a sétima travessia entre os dois maiores concelhos da Área Metropolitana do Porto, suscitou o entusiasmo de “muitos dos maiores projetistas nacionais e internacionais de pontes”, tendo sido recebidas um total de 27 propostas.
Representando um investimento de 50 milhões de euros, a nova ponte, que será executada entre 2023 e 2025, em simultâneo com a segunda linha de Gaia, vai nascer a cerca de 500 metros a nascente da Ponte da Arrábida e vai ligar vai ligar mais precisamente o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia.
“Sendo parte fulcral da nova linha de Metro que servirá também a Estação das Devesas e impulsionando um interface modal com os comboios, a nova ponte (tal como a linha) está inscrita no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e têm que estar concluídas até 31 de Dezembro de 2025”, refere a Metro do Porto.
O concurso público internacional de conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro foi lançado em 16 de março, numa cerimónia, nos Jardins do Palácio de Cristal, no Porto, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, com a presença, entre outros, do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
À data, o ministro do Ambiente revelou que o concurso teria a duração de “quatro meses”, sendo que “o produto da sua entrega já vai ter um pré dimensionamento da estrutura que permita avaliar a sua exequibilidade e o seu custo”.
O projeto vencedor será, contudo, conhecido no segundo semestre de 2021, depois da realização do concurso para a construção, sendo previsível que o arranque das obras aconteça nos primeiros meses de 2023.
“Da ponte já sabemos muita coisa, não deverá ter pilares no rio, a sua quota será ligeiramente mais alta do que a da ponte da Arrábida, para não perturbar a vista desta mesma ponte, conhecemos com rigor a integração urbana desta mesma ponte e vai ser para o metro, para as bicicletas e para os peões”, explicou, na altura.
O júri do concurso público internacional de conceção da nova ponte é composto por 11 elementos, entre eles o arquiteto Eduardo Souto de Moura, Prémio Pritzker de 2011, em representação da Câmara do Porto.
Integra ainda o painel Lúcia Leão Lourenço, que preside, Joana Barros, Victor Silva e Miguel Osório de Castro (os quatro representantes da Metro do Porto); Inês Lobo e Alexandre Alves Costa, (ambos em representação da Ordem dos Arquitetos); Rui Calçada e Júlio Appleton (indicados pela Ordem dos Engenheiros); Amândio Dias (da Direção Regional de Cultura do Norte) e Serafim Silva Martins (pela Câmara de Gaia).
Após verificação e validação das propostas aceites a concurso, o júri vai selecionar as três candidaturas mais valorizadas.
Destas e até ao final do ano, após uma apreciação técnica, estética e económica das respetivas propostas, sairá o projeto vencedor para o desenho da nova ponte sobre o Rio Douro, indica a Metro do Porto.
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