A CTP apela a um entendimento entre o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos e a TAP “no sentido encontrarem uma solução que evite uma nova paralisação nos próximos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto”, refere, em comunicado.
“O que se registou este fim de semana nos aeroportos nacionais foi dramático, com mais de 600 voos cancelados, e não podemos correr o risco de este cenário se repetir daqui a 15 dias”, considera o presidente da CTP, Francisco Calheiros, citado no comunicado.
“Existindo um impasse no diálogo entre os trabalhadores da Groundforce e a TAP, é urgente a intervenção do Governo para que se chegue rapidamente a um acordo e, assim, evitar mais três dias de paralisação”, defende o responsável.
Afirmando respeitar o direito à greve, “que está constitucionalmente previsto”, este “não pode implicar o prejuízo para milhares de pessoas, para o turismo e para a economia nacional”, sublinha Francisco Calheiros.
Os primeiros dois dias de greve “prejudicaram seriamente a imagem de Portugal no exterior, numa fase em que já nos encontramos severamente punidos pela pandemia” e “esta greve, marcada para o verão, só vem contribuir para asfixiar ainda mais o turismo e a economia de um país a tentar recuperar de um ano e meio de pandemia”, conclui o responsável.
A paralisação vai prolongar-se ainda pelos dias 31 de julho, 01 e 02 de agosto.
Além desta greve contra o pagamento de salários e outras remunerações em atraso, desde o dia 15 de julho que os trabalhadores da Groundforce estão também a cumprir uma greve às horas extraordinárias, que se prolonga até às 24:00 do dia 31 de outubro de 2021.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de ‘handling’ ter acusado a companhia aérea de ter uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
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