Contando com o pessoal técnico e de segurança, 104.000 pessoas podem aceder à “zona azul” dedicada às negociações e aos pavilhões dos Estados ou organizações. O número representa o dobro do da COP27, que teve um recorde com 49.000 acreditações.
No entanto, estes números de acreditação não correspondem necessariamente ao número de pessoas que estão efetivamente presentes no Dubai.
Quase 23.500 pessoas participam através de delegações nacionais, sendo 1.336 delegados do Brasil, cerca de 620 dos Emirados Árabes Unidos, 265 de França e 158 dos Estados Unidos.
Há ainda 27.208 pessoas ‘overflow’ [excedentes] das delegações nacionais, que levam consigo diretores de empresas, peritos, representantes de organizações profissionais, académicos e respetivo pessoal técnico.
Estes delegados não têm o mesmo acesso às negociações que os delegados oficiais.
Entre os franceses vai estar o diretor-geral da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, bem como os responsáveis da Danone, Antoine de Saint-Affrique, da Veolia, Estelle Brachlianoff, da Engie, Catherine MacGregor, da Sanofi, Paul Hudson, da CMA-CGM, Rodolphe Saadé e da EDF, Luc Rémont.
O filho mais velho do bilionário francês e diretor executivo da LVMH, Bernard Arnault, Antoine, faz parte da lista dos quase 4.900 convidados pelos Emirados Árabes Unidos, juntamente com Bill Gates e outros homens e mulheres de negócios.
As organizações não-governamentais, que vão desde os ativistas ambientais às organizações profissionais de ‘lobbying’, incluindo as que defendem os combustíveis fósseis, receberam mais de 14.000 acreditações.
No que respeita aos jornalistas ha quase 4.000 acreditações.
Os representantes das Nações Unidas, das suas agências e das agências internacionais e os seus “overflow” foram responsáveis por mais de 4.700 acreditações.
A ausência de regras claras sobre os conflitos de interesses dos participantes na conferência é frequentemente criticada.
Até este ano, a ONU não obrigava a fornecer informações sobre a filiação de cada um, nomeadamente a entidade patronal, nem sobre a relação exata, incluindo financeira, com a organização através da qual a acreditação era solicitada, o que dificultava a deteção de lobistas.
Por outro lado, os organizadores afirmam que 400.000 pessoas registaram-se para obter um “bilhete diário” de acesso à “zona verde”, uma espécie de grande feira pública dedicada à inovação e empresas no recinto da Exposição Mundial de 2020.
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