"Se o referendo fosse aprovado seria uma oportunidade para a sociedade pensar sobre esse assunto", afirmou hoje o porta-voz da CEP, Manuel Barbosa, numa conferência de imprensa em Fátima, após a reunião do Conselho Permanente.

Apesar de a Igreja considerar que "a vida não é referendável", Manuel Barbosa salientou que havendo uma petição "com cerca de 100 mil assinantes" em defesa do referendo, este deveria avançar.

O porta-voz da CEP frisou que a Igreja está "atenta e preocupada" com a existência de legislação que prevê a despenalização da eutanásia.

A decisão sobre a eutanásia no parlamento deverá seguir duas fases, primeiro com a decisão se existe ou não um referendo e, se este for "chumbado", com a votação da lei.

Os deputados vão discutir e votar a proposta de referendo sobre a eutanásia ainda em outubro, antes de o parlamento começar o debate e votação do Orçamento do Estado para 2021.

O Vaticano defendeu em setembro que a eutanásia é um crime contra a vida humana, "um ato intrinsecamente mau, em todas as ocasiões e circunstâncias", e criticou os países que o autorizam considerando-os "cúmplices deste grave pecado".