Numa mensagem dirigida aos jovens portugueses que, no domingo, no Vaticano, vão receber os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a realizar em Lisboa em 2023, José Ornelas, também bispo de Setúbal, deixou o desejo de que sejam um sinal da vontade de “levantar-se para acudir, agora as vítimas da crise; levantar-se para superar as dificuldades; levantar-se para um mundo mais humano e fraterno”.
Portugal recebe no domingo, na missa presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, os símbolos da JMJ.
“É o pontapé de saída para a organização de Lisboa”, disse à agência Lusa o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, considerando importante o momento de receção dos símbolos, até agora na posse do Panamá, cuja capital foi palco da última JMJ, em janeiro de 2019.
A JMJ é o maior evento organizado pela Igreja Católica.
A entrega dos símbolos, a Cruz Peregrina, com 3,8 metros de altura, e a réplica do ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, deveria ter acontecido em abril, mas devido à pandemia de covid-19 foi adiada.
Depois de chegarem a Portugal, aqueles símbolos ficarão na Sé de Lisboa.
Na celebração de domingo vai estar uma dezena de jovens portugueses, adiantou, por sua vez, o secretário executivo da JMJ Lisboa 2023, Duarte Ricciardi.
“São 10 jovens, de várias zonas do país, que vão representar todos os jovens portugueses”, disse Duarte Ricciardi, considerando o momento como “uma espécie de passagem de pasta dos jovens do Panamá para os jovens de Lisboa”, para que os símbolos “sigam a sua missão” e “continuem a ser um sinal de transformação social e de propagação da paz”.
De acordo com uma nota de imprensa da organização, a comitiva portuguesa é presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.
Hoje, o grupo tem um encontro com o cardeal Tolentino de Mendonça, na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, seguindo-se uma missa, presidida por Manuel Clemente.
No domingo, a delegação nacional participa na missa presidida por Francisco, às 10:00 locais (09:00 em Lisboa).
Segundo o gabinete de comunicação da JMJ2023, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que tutela a área da juventude, participa nesta cerimónia, em Roma, em representação do primeiro-ministro.
Inicialmente prevista para agosto de 2022, a JMJ foi adiada um ano devido à pandemia de covid-19.
Lisboa será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo Papa João Paulo II (1920-2005).
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