De acordo com a mesma fonte, votaram a favor da proposta apresentada pela direção 145 conselheiros (64%), contra 65 conselheiros (29%) e 16 abstiveram-se (7%).
Também o regulamento da reunião magna e o regulamento para a eleição dos congressistas foram aprovados na reunião de hoje do órgão máximo entre congressos.
O regulamento da eleição de delegados ao congresso foi aprovado com 169 votos a favor (75%), 15 votos contra (7%) e 42 abstenções (19%), segundo a mesma fonte.
Já o regulamento do 29.º Congresso ordinário do CDS-PP mereceu 168 votos a favor (74%), 14 votos contra (6%) e 44 abstenções (19%).
O Conselho Nacional do CDS-PP está reunido por videoconferência e à porta fechada desde cerca das 11:00, para analisar os resultados das eleições autárquicas e marcar o 29.º Congresso do partido, que será antecipado.
As reuniões magnas centristas decorrem de dois em dois anos e se esta acontecesse na data prevista seria no final de janeiro ou início de fevereiro de 2022, uma vez que o último foi no final de janeiro do ano passado, em Aveiro.
O regulamento do congresso, ao qual a Lusa teve acesso, estabelece que a reunião magna do partido decorre "em local a definir pela Comissão Organizadora do Congresso (COC)" e o documento com as regras para as eleições dos delegados refere que as estruturais locais e distritais “podem apresentar, à COC, candidatura para o local a realizar o congresso até ao dia 14 de outubro” e que o local escolhido será divulgado no ‘site’ do CDS “até ao dia 22 de outubro”.
O documento estipula também que as candidaturas à presidência do CDS e à Comissão Política Nacional “são apresentadas pelo primeiro subscritor de uma Moção Global de Estratégia e as candidaturas aos restantes órgãos por qualquer militante” e devem “efetuar-se até à hora definida pelo presidente da Mesa do Congresso”.
As moções de estratégia globais, que fixam a orientação do partido, têm de ser entregues à COC até “às 23 horas e 59 minutos do dia 15 de novembro” e devem ser “subscritas por um número mínimo de 300 militantes”.
Estas moções são votadas em alternativa.
A eleição dos delegados concelhios e regionais vai decorrer em 31 de outubro, das 15:00 às 20:00.
São candidatos à liderança do CDS o atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, e o eurodeputado centrista e presidente da distrital de Braga, Nuno Melo.
O Congresso do CDS-PP vai assim realizar-se no mesmo fim de semana da reunião magna do Chega, assunto que marcou a discussão no Conselho Nacional, segundo disseram à Lusa fontes presentes na reunião.
Enquanto os próximos de Nuno Melo pediram o adiamento do Congresso, a direção defendeu a data proposta.
Direção do CDS-PP reitera “grande resultado" do partido
Vários elementos da direção do CDS-PP reiteraram hoje, durante a reunião do Conselho Nacional, que o partido teve um "grande resultado" nas eleições autárquicas de 26 de setembro, depois de a oposição contrariar esta opinião.
Segundo relataram à Lusa conselheiros presentes na reunião, Pedro Melo, vice-presidente do partido, considerou que o CDS teve um "grande resultado" e apontou um "crescimento substancial da força autárquica", uma vez que está no governo de "quase 50 câmaras", a maioria através de coligação.
Na sua ótica, o CDS "estava débil" depois das europeias de 2019, nas quais Nuno Melo foi cabeça de lista, e "continuou a definhar com as legislativas", mas agora "não só não está a desaparecer, como está mais forte".
O vice-presidente acusou os críticos internos, “sempre os mesmos”, de fazerem “oposição profissional” à atual direção e de “desvalorizarem o que tem sido feito, que tem sido muita coisa”, o que na sua opinião “causa dano a todo o partido”.
Apontando que se iniciou um novo ciclo político, Pedro Melo realçou que o CDS está agora “muito mais forte e melhor preparado para o enfrentar” e está “hoje muito melhor do que em 2019”, antes de esta direção, liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, tomar posse.
Na mesma linha, o presidente do congresso, Martim Borges de Freitas, defendeu que "não se pode dizer que tenha sido um mau resultado do CDS" e afirmou que o partido "cresceu significativamente".
Segundo transmitiram à Lusa conselheiros, o secretário-geral do CDS-PP, Francisco Tavares, falou num "excelente resultado, contra tudo e todos, contra todas as previsões", enaltecendo que o partido "contornou o declínio que vinha a ter em atos eleitorais".
Quanto a números, disse ser "impossível" os opositores "terem dados finais".
Francisco Tavares revelou ainda que "a uma semana da campanha", o CDS teve "uma penhora de 40 mil euros" relativa a "despesas das autárquicas de 2001".
Ao longo do dia, vários conselheiros contrariaram a narrativa da direção, entre os quais os deputados João Almeida e Cecília Meireles, que argumentaram que o CDS-PP perdeu votos e mandatos.
(Artigo atualizado às 22:21)
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